Deni Zolin

Adubo com esterco de peru foi usado em pesquisa na UFSM, mas professor descarta que cheiro tenha chegado em tantas regiões

Adubo com esterco de peru foi usado em pesquisa na UFSM, mas professor descarta que cheiro tenha chegado em tantas regiões

Gercen, Fepam, Divulgação

Depois de mais de 12 horas de muito mistério em relação à causa do forte cheiro de fezes que se espalhou por Santa Maria na terça-feira e prosseguiu na manhã desta quarta, a prefeitura e a Fepam receberam uma informação de um morador sobre a possível causa da poluição do ar. Os fiscais foram até uma área experimental da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), perto do residencial Moradas, na região leste da cidade, onde estava sendo aplicado um adubo orgânico feito à base de esterco de peru. O produto é utilizado para pesquisas (leia mais abaixo).

Esterco de peru pode ser a causa do mau cheiro que infestou Santa Maria

- Ainda estamos em investigação, mas achamos uma área onde foram aplicadas 40 toneladas de esterco de peru, também chamado de cama de aviário. O produto foi aplicado ontem (terça) durante todo o dia e coincide com relatos de moradores. A partir disso, a Fepam orientou que o responsável parasse a aplicação do restante do produto - informou o coordenador regional da Fepam, Diego Rigon de Oliveira.


Apesar do forte odor, ele garante que a área é licenciada e que o produto não oferece nenhum tipo de risco à população. O adubo com esterco de peru também é de uma empresa licenciada, mas será investigado o motivo de ainda estar exalando cheiro. A Fepam diz que seguirá acompanhando a situação, para verificar se o mau cheiro voltará ou não e se houve outra causa.


Segundo a UFSM, o Colégio Politécnico da Federal pesquisa a substituição de adubo químico por 100% orgânico e que esse fertilizante à base de esterco foi comprado e foi aplicado em 20 hectares na terça e quarta-feira, onde será plantado milho. Segundo o professor Luciano Pes, do Politécnico, há quatro anos é usado o produto, já estabilizado por compostagem, em áreas pequenas do campus. Este ano, seria aplicado em 60 hectares, diz Pes. O adubo é uma mistura de esterco de peru com materiais orgânicos, como grama ou palha, que fermentam num processo de compostagem.

- Pela quantidade utilizada, o mau cheiro da amônia, proveniente desse tipo de adubo, até poderia atingir áreas próximas, como a Maringá, mas acho difícil que poderia ir parar no Patronato e no Centro. Acredito que pode ter outras causas desse mau cheiro no Centro - afirmou o professor.


Luciano Pes ressalta que essas pesquisas com utilização de insumos orgânicos são fundamentais para reduzir a dependência de produtos químicos e defensivos nas lavouras em todo o país.
Por precaução, a aplicação desse adubo foi suspensa até conclusão da análise da Fepam.

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